Por que nem todos os psiquiatras obtêm o mesmo sucesso com o uso do mesmo medicamento e dosagem em pacientes diferentes?

Por Wagner Chagas de Menezes - Psicanalista e Historiador Em 1914, na sua obra intitulada “Sobre o narcisismo: uma introdução”, Sigmund Freud manifestava a esperança da integração fármaco-analítica sistêmica: “Nós devemos recordar que todas nossas ideias provisórias da psicologia serão, presumivelmente, um dia baseadas em uma subestrutura orgânica”. 107 anos depois, já é possível demonstrar as múltiplas possibilidades de parcerias entre a psiquiatria, a neurologia e a psicanálise, bem como as razões psicodinâmicas e técnicas para isto. É historicamente evidente que na maior parte do tempo houve um cabo de guerra entre as abordagens biológicas e as abordagens psicológicas. Tudo indica que, agora, estamos presenciando uma forte reação a isto. Novas parcerias estão agregando novas descobertas, as quais vão além da dupla psiquiatra-psicanalista (ou qualquer outra psicoterapia), tais como a adoção de um “estilo de vida mediterrâneo”, de atividades físicas, do uso de nutracêutico...